Ainda tinha gente chegando quando fomos até o auditório do Complexo Mubarak assistir ä palestra do Dr. Mohammad, historiador, estudioso, egiptólogo e que ganhou recentemente um importante prêmio dado pelo próprio presidente do Egito. Ele nos falou em breves linhas as dinastias que comandaram o Egito desde 7.000 anos até a infl"^encia grega de Alexandre, o Grande. Enfatizou sua palestra no que é o tema deste Encontro: Oásis. O Egito possui 6 grandes Oásis e conheceremos o mais próximo de Cairo, El Barahya. Não vejo a hora de conhecer esta maravilha natural no meio do deserto africano.
Pela tarde houve o início das apresentações culturais. Malásia, Venezuela, Hong Kong, Ucrânia, Islândia, Itália e Cingapura apresentaram suas bandeiras e cultura.
Malásia
Fábio e Luca - Itália
Meus companheiros de quarto, Andrès e Taràs, da Ucrânia.
Grande amigo desde minha chegada, Len Ho de Hong Kong.
Ä noite, voltamos ao centro de Cairo para comprar bugigangas. Desta vez estou levando pra casa minha chincha. Mais um elefante branco de viagem mas que eu já queria desde os Emirados e desta vez não falhou rsrs. Apesar da pobreza, andar pelo Egito é bem seguro. As regras sociais e religiosas são bem rígidas. En'tão batedor de carteiras não existe, mas enganar turista pode... Sorte nossa ter sido avisado pelo pessoal da Organização como as coisas funcionam. Vimos muitos europeus caindo na lábia dos malandros.
Como no Brasil, nunca se deve pagar por algo na primeira oferta do vendedor. Barganhando se paga até 10% do valor original. Pena estar tão sem grana, vi muita coisa bacana que poderia levar. Aproveitamos a ida pra visitar os muros de Cairo, uma cidade onde vive 25% da população do Egito e tem uma história própria riquíssima.
O que connhecemos como Cairo hoje é na verdade a junção de 4 outras cidades. Das 5 dinastias reais que governaram o Egito, as 4 primeiras construíram uma nova capital para o País. A 5o vem de uma linhagem que veio do Marrocos para o Egito e é muito conhecida por nós dos livros de História. Foi quando aconteceu o reinado de Saladin que, entre outras coisas, uniu as 4 cidades anteriormente construídas em uma só, derrubou os muros que a separavam e construiu um muro só ao redor na nova cidade, além de ter negociado a paz que finalizou as Cruzadas. No lugar de construir novas cidades como marco de seu período, Saladin também iniciou a nova concepção de construir Mesquitas. Assim ficava bem com Alá e com o povo ao mesmo tempo. Em seu reinado construiu a Mesquita central desta nova cidade do Cairo que ele organizou. É a mais importante de toda a Afríca e tem mais de 1000 anos de história. Nem parece, tão bem conservada ela está.
No solo sagrado da Mesquita não se pode pisar com sapatos
Fonte sagrada